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O Que Um Amor Desastroso Pode Fazer Com A Alma De Um Homem — Primeira Parte
A história do meu primeiro grande amor definiu meu comportamento por muitos anos. Foi a época em que vivi a maior montanha-russa sentimental da minha vida, onde senti as melhores e piores sensações que alguém pode sentir. Eu sofri tanto e fiquei tão desalentado, sem ter com quem conversar, que jurei a mim mesmo jamais deixar de ouvir e aconselhar quem estivesse sofrendo por amor, juramento que mantenho até hoje, trinta e três anos depois.
Esta história, então, começou no ano de 1987. Eu tinha dezessete anos. Era um moleque, ainda virgem — como todos os outros meus amigos — , estudando em um colégio de classe média de Moema, em São Paulo. Eu me sentava no fundo da minha classe, mas não era exatamente um bagunceiro. Era muito tímido na época.
Sentada perto de mim havia uma bela aluna, uma das mais bonitas da classe: um metro e sessenta de altura, cabelos castanhos encaracolados, olhos castanhos, pele bem clara, corpo muito bem desenhado. Seria alguém por quem eu me interessaria, mas ela tinha dois “problemas”: um, era extrovertida demais. Tão extrovertida que atrapalhava as aulas com seus comentários ácidos. Muito incompatível com minha personalidade fechada da época. O segundo problema… Bem, ela tinha namorado. Era uma espécie de “namorado-fantasma” — muita gente achava que ele não existia —…