O Dia Em Que Tentaram Me Comer Vivo

Este era eu, em 1977:

arquivo pessoal

Estava passando as férias no sítio de uma neta do Monteiro Lobato quando tirei esta foto! Legal, não?

Quando voltei ao prédio onde morava, havia um garoto passando suas férias lá, na casa de uma tia. Éramos amigos de outras ocasiões em que ele havia ido para lá, nunca notei nenhuma animosidade de sua parte, mas, no fundo, o garoto não gostava de mim. Apenas eu o considerava meu amigo.

Não o repreendo.

Eu era extremamente mandão e violento, vivia batendo em quem levantasse a voz a mim, inclusive nele — o que havia acontecido há muito tempo, eu nem me lembrava mais. Portanto, quando o vi, eu fiquei feliz por ter mais um amigo para brincar, e ele triste, porque “havia chegado seu nêmesis”.

Éramos em um grupo de umas dez crianças. Resolvemos brincar de duro-ou-mole (para quem não conhece a brincadeira, todos saem correndo, um é o pegador. Se o pegador encosta em alguém, esta pessoa fica paralisada, como uma estátua. As outras pessoas, que estão “moles”, podem liberá-la. O jogo acaba quando a última pessoa fica “dura”). Tudo ia bem até que, durante a brincadeira, o rapaz veio por trás de mim e me deu um TAPAÇO nas costas.

Repare na foto… Eu estava bronzeadíssimo de sol. Naquela época não existiam bloqueadores solares. Isto significa que um…