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O Dia Em Que Quase Morri Em Frente Às Câmeras De TV
Duas vezes!
2002… Gravações de “A Casa das Sete Mulheres”. Estávamos próximos a um convento abandonado do século dezessete, na cidade de Itaboraí, próximo ao Rio de Janeiro. Era madrugada.
A cena retrataria a invasão de um acampamento imperial — eu era farroupilha — montado em torno do tal convento. O diretor avisou que uma determinada barraca explodiria, outra também, e mais uns barris num canto do convento. Nós, atores, entraríamos no convento a cavalo, vindo de uma área escura. E, uma vez na área do convento, estaríamos livres para improvisar cenas de combate.
Meu problema era… Meu cavalo.
Este cara não me respeitou desde o dia em que nos conhecemos. Culpa minha. Achei que se o tratasse bem, ganharia sua confiança. Ganhei seu desprezo. Ele tentou me derrubar já no primeiro dia de treinos — eu, miraculosamente, não caí — e, a partir dali, simplesmente ignorou minha presença em cima dele. Por sorte ele era “da turma” dos cavalos, então quando todos saíam correndo, ele corria também, e PARECIA que era eu quem estava dando ordem para ele correr.
O problema é que eu sou ótimo ator, além de modesto… Então o diretor também achava que eu estava no controle da situação. Quando ele veio nos passar as informações de como seria nossa cena, senti que meu…