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O Dia em que Perdi a Transa, Mas Não Perdi a Piada
Ou “Se arrependimento matasse…”
No começo dos anos noventa, quando eu tinha vinte e poucos anos, fui até um evento que ocorreu no Anhembi, o maior pavilhão de convenções que temos aqui em São Paulo. Eu estava andando por entre um dos corredores quando fui chamado por uma bela mulher vestida com calça jeans e camiseta. Ela havia sido contratada por uma conhecida revista para vender assinaturas. Eu já era assinante da revista em questão… Mas fiquei interessado por ela. Então conversamos, eu deixei que ela falasse todo o discurso que tinha decorado e finalmente disse, no final, que tinha gostado muito dela e queria seu telefone.
E não é que ela me deu o número?
Liguei para ela algum tempo depois — esta era uma época em que pouquíssima gente tinha celulares, o telefone que ela me deu era de sua casa — e combinamos de sair no fim de semana seguinte. Perguntei onde poderia pegá-la, e ela me disse que estaria em outro evento no Anhembi, eu poderia encontrá-la lá, às dez e meia da noite.
Ok! Tudo combinado, eu empolgadíssimo… Até que me lembrei que já tinha outro compromisso naquele fim de semana. Teria que fazer uma pequena viagem a trabalho.
Droga!
O pior de tudo é que eu só me toquei da besteira que fiz no dia do compromisso, e já no momento em que ela estaria trabalhando no Anhembi. Como eu teria que desmarcar e não tínhamos como nos comunicarmos à distância, resolvi ir até o evento…