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O Dia Em Que Fui Repreendido Na Escola Por Estudar Demais
Quando tinha quinze anos, comecei a fazer cursos na Escola de Astrofísica Municipal de São Paulo, aqui no planetário, no Parque do Ibirapuera. Nossos professores eram considerados os melhores astrofísicos e astrônomos do Brasil, nunca tive aula com alguém que tivesse publicado menos de cinco livros por lá.
Tivemos aulas sobre todos os assuntos, mas um que me fascinou foram os buracos negros. O astrônomo que dava a aula contou que eles eram objetos ainda teóricos, que havia evidências de sua presença em diversos pontos do céu, mas que nenhum tinha sido fotografado até ali, principalmente pela falta de telescópios capazes disto.
Ok, registrei isto.
No semestre seguinte, começamos a ter aulas de astronomia na escola. Não era uma aula curricular, era uma espécie de “anexo” das aulas de física, mas eu adorei a novidade, já que era um assunto que me interessava muito.
Meu professor, um físico, fez uma projeção de slides.
Um deles era bem parecido com o desta imagem abaixo:
Ok… Entendi, um buraco-negro engolindo uma estrela, tudo bem, continue, professor!
“Esta foto foi tirara por um telescópio muito potente, e mostra…”
