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A Namorada que, no Auge do Amor, Simplesmente Desapareceu da Minha Vida
Ou “Por que não ser honesto? É tão mais fácil… E machuca muito menos!”
Na década de noventa houve uma época em que tive muita dificuldade em encontrar emprego. Ainda não tinha começado a estudar teatro, muito menos a escrever, não fazia ideia de que me tornaria ator e escritor um dia. Portanto, estava procurando trabalho em campos mais “mundanos”. Eu já tinha trabalhado em shopping-centers, não queria voltar à vida de lojista, mas como não tinha habilidades específicas muito desenvolvidas, estava lutando para encontrar um ganha-pão, sem muito sucesso.
Foi então que descobri que um primo meu, de Curitiba, que tinha uma fábrica de anzóis, estava precisando de um representante aqui em São Paulo.
Aceitei o emprego.
Sim, eu já fiz de tudo da vida….
Não é difícil imaginar que não deu muito certo porque, primeiro: eu sou um péssimo vendedor, simplesmente não tenho a capacidade de convencer pessoas a comprar coisas. Segundo: eu detesto quem faz mal a animais, e estava vendendo algo desenhado especificamente para fazer isto. Eu nunca pesquei na vida, e estava vendendo iscas!
O que o desespero não faz com um desempregado…
Mas estou me desviando do assunto. Já trabalhando como representante, acabei visitando uma feira de pesca para contatar lojas e encontrar novos clientes. Passeando pelos corredores…